sábado, 19 de abril de 2014

área VIP

Dar o cu é bom!

Dar o cu é bom e não tenho vergonha de assumir isso.
O cuzinho é a área VIP, que poucos conhecem e para entrar é necessário merecer.
Sentir um pau entrando na bunda, é uma sensação quase indescritível, principalmente se bem excitada e molhada, a ponto da lubrificação escorrer e facilitar a penetração. 
oh Leninha, como eu gostava de ter um tête-à-tête contigo, assim mesmo de frente, caso tenhas dúvidas, olhos nos olhos e explicavas-me tim-tim por tim-tim, como fazer! É que agora serve-me um pau, com uns 3 cm de raio, que raios, me parte toda!!!

"Quanto mais difícil, penosa e dura é uma coisa, tanto mais se obstinam os homens, tanto mais a querem." - Galiani

sexta-feira, 18 de abril de 2014

e ninguém está aqui para foder!


maluco(a)? malucos somos todos!
"quem passa muito tempo nesta aldeia,
sofre, certamente, de alguma patologia
pouco saudável."
aos malucos da minha aldeia, santa sexta.feira
"com o engodo da mentira, pesca-se uma carpa de verdade." - Shakespeare

quarta-feira, 16 de abril de 2014

My kind of stuff (e... depois?)

escorregou pela branca porcelana, tal leoa marinha.
A água quente encharcou o seu corpo, mais do que já vinha, tenso e húmido, numa mistura entre ânsia e medo. 
Ficou quieta, dentro do seu fato ensopado, enrolado sobre si. Aguardava sinais do canto inverso da imensa banheira.
Uma neblina azulada, emaranhava-se ao centro, violava-lhe o cabelo solto, acariciava-o e depois zarpava entre a testa desfocando-lhe a visão.
Mas cedo, as águas calmas se agitaram. Abriram-se que nem portões, saindo encharcadas umas pernas esguias, tais serpentes surdas, atentas às vibrações fortes da sedução. E o nevoeiro fugiu, aterrorizado com a ondulação.
Descortinou-se uma mulher de pele muito branca de olhar negro e fios de cabelos muito escuros, que elevava o corpo pedinte, cuspindo de uns lábios gordos o desejo a ser saciada. Uma Naja perigosa, com sua vulva peçonhenta, encantada por contornos desconhecidos.
E insistente, por uma mão de dedos finos, decorados a anéis de pedras lustrosas que encandeavam os azulejos curiosos, alteava a céu aberto, um clitóris dilatado e choroso por lágrimas de espuma.
Arrepiou-se, respirou tremula ao embate da visão. Por momentos assustou-se com o tamanho e forma, pensou ser incapaz de corresponder ao que se propôs pelo frio sentido nas entranhas do seu ser, tão feminino. Achou que nem a flauta mais encantada a fazia cair sobre aquele monte de vénus. 
Não se desenovelava do seu traje, já transformado em camisa de forças. O corpo tinha sede, mas a mente era travada por uma razão de medo, igual ao embate com a cobra na savana seca.
Mas ali não era o deserto e água de todo rareava. Naquele ambiente azul celeste, era quarto, um quarto de banhos. Ali pingava a torneira, pingos sedentos que chamavam outros fios de água.
E ela, deixando-se ir na sinfonia da pinga, atordoada na neblina, inebriada pelo cheiro intenso a flores gulosas. Caiu, mergulhou no lago...


Nasci sensitiva e assim hei-de morrer, muito provavelmente... nós somos o que somos e não o que queríamos ser; não te parece?" - Florbela Espanca 

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Propus à Vicio a escrita de um texto com base na mesma imagem (escolhida por ambas), agendado para publicação simultânea. Resultados certamente distintos.
O post da Vicio pode ser lido aqui

olha para mim quando te chamo

sabes tão bem e cheiras tão bem, sempre...
o teu sabor fica-me nos dedos pelos dias seguintes e cheiro-te neles. Deixo as minhas pálpebras fecharem lentamente quando os inalo e sonho-te, interpreto o que nunca consigo entender enquanto te toco. És intensa demais, misteriosa e dada. Choca-me, enche-me de um receio atroz, matas-me de medo de um dia arriscar te amar. 
E o simples era tão bom...

sabes tão bem e cheiras tão bem, sempre...
a tua pele recheia-me a vontade e roço-me nela, barro-me em ti como uma manteiga doce em pão seco que sou. E desejo ficar pegajoso de ti, envolto desse teu cheiro encorpado e seguro. Assustas-me, e eu sou tão parvo, que só consigo sonhar com paixão quando estou longe do teu corpo.
E a certeza é tanta à distância...

sabes tão bem e cheiras tão bem, sempre...
a tua voz pedia-me que te observasse, lembro-me. Achava que só te amava por dentro, para quê te encarar de frente. Ver-te e encontrar sinais não tão belos quanto os que tens nos ombros. Tremo com o que trazes nesse teu avesso. 
E agora, que não mais moras nos meus dedos, queria te cheirar, poder ter, e tanto te olhar...



domingo, 13 de abril de 2014

My kind of stuff


O telefone deu o sinal. O corpo desobediente começou a tremer. Não fazendo ideia da pessoa que iria ter a seu lado. 
O que  falar durante o percurso de carro, tornava tudo bem empolgante e envolvente, um misto de receio e excitamento. 
Mirou-se pela última vez ao espelho e achou-se bem bonita, recuperada do tempo em falta. Respirou fundo e desceu depressa de mais para o tamanho do salto.
O carro era de cor escura, a hora tardia não dava para distinguir muito mais, mas a luz do luar fazia brilhar a chapa bem polida.
Entrou no carro, sentou-se, ajeitou o vestido e finalmente olhou para ele.
Um homem grande, que sorriu, um sorriso calmo e estudado que se fechou ao proferir em jeito de agradecimento três palavras, salientando o facto de ela obedecer ao dress code. 
O silêncio imperou no carro de alta gama, onde nem os cavalos relinchavam de cansados.
A hora de viagem fora constrangedora, mas ela mantivera-se firme, dentro do seu vestido justo.
O corpo suado colava-lhe mais o tecido. E o seu perfume intensificou ao ponto de receber o único elogio da noite. "cheira bem", disse ele ao parar a viatura à porta do palacete e ao acendeu a luz, onde o espelho do pendura desceu automaticamente. Percebera que era para retocar a maquilhagem e assim o fez, nervosa. 
Aguardaram uns segundos e mais um homem de porte elegante veio apanha-la ao carro. Ouviu de soslaio, o afinal motorista confinar o desejo de uma boa noite. 
Acompanhou a elegante figura, que lhe guardara o casaco e mala. Ia de corpo envolto no solitário pano negro, justo demais e sem saber onde colocar as mão vazias.
Chegaram finalmente, depois de muito corredor labirinto e muitos metros de passadeira.
Abriu-lhe a porta e desejou-lhe igualmente boa noite.
O quarto era uma sombra incompleta, com um forte aroma floral. Ficou imóvel. Ao fim de alguns segundos, uma voz feminina mandou-a chegar-se à  porta, onde nascia uma luz envergonhada. Acedeu e aproximou-se devagar.
Uma mulher, banhava-se numa banheira longa. O nevoeiro não deixava ver a sua inteira beleza.
Pediu que se chegasse mais perto. Deixou-se observar no seu traje bem negro. A voz ordenou que soltasse o cabelo e que assim entrasse na água fervente. 
Abandonou os sapatos à margem daquele charco com vida e de vestido entrou...   

"Eu gosto de ser surpreendida, talvez seja pelo tédio rotineiro da minha vida, não costumo viver muitas surpresas, talvez a mais esperada esteja a caminho."Thalita B.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

A Baby Suicida, não só manda vir desafios, como também é dada aos de outras casas desta Aldeia, ora cliquem na imagem "oh" se faz favor:


http://undiscloseddesires1971.blogspot.pt/2014/04/vontade-de.html

Desafio: depois conta-me como foi.

do Blogue - Undiscloseddesires

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Obrigada a todas as meninas, que são as mais sensuais da Aldeia, pela participação ativa ao desafio da baby suicida.
Quanto aos cavalheiros e público em geral, o nosso igual agradecimento, esperando que, agora, tenham oportunidade de estadia prolongada nas casas destas senhoras, tão quentes e apetecíveis. Estou certa que elas dispõem de maravilhosa literatura, colmatando assim os vossos mais ínfimos desejos.
  
Texto 1 - "Vontades" - MissM 
Texto 2 - "Flagrante" - Não se quer identificar
Texto 3 - "Pego-te com jeito"- AC, que mora aqui
Texto 4 - "Sempre podes te vir hoje" - A secretária, que mora aqui
Texto 5 - "Vontade cega"- Nikita, que mora aqui
Texto 6 - "Já não há vazio"- Imprópria, que mora aqui
Texto 7 - "Desconhecidos" - Sil Maria, que mora aqui
Texto 8 - " Bebo de ti" - MissM 
Texto 9 - "Depois de te beijar no canto da boca" - nAnonima, que mora aqui
Texto 10 - "If I buy you toys I get to see you use them?" - Vício, que mora aqui
Texto 11 - "Puta"- (Ela), que mora aqui
Texto 12 - "tão oferecida, tão dada... a Clara" - Lugar Lotado, que mora aqui


terça-feira, 8 de abril de 2014

tão oferecida, tão dada... a Clara

Desafio - texto 12

jamais a esqueciam. Semblante armazenado em qualquer um, num só neurónio, desenhando linhas de sorrisos astutos e atrevidos.
Silhueta em memória, despertando estímulos preguiçosos, conduzindo-os ao prazer.  
Sonhavam-na pela manhã, prolongando minutos ao erguer, aclarando o raiar do amanhecer.
Recordavam-na despojada, majestosa figura, segura em beleza e acre em certeza.
Desejavam-na com fome, porém na certeza de nunca o apetite sucumbir, acrescendo a sede em saciar.
E queriam-na, entregando-se em egos fracos, nasciam pedintes de afectos demorados, trasbordantes sensações breves.
Ser dela seria sempre em enlace fantasioso, desprovido de sentido e força.
Sobre a imagem que era dela, acariciavam-se devagar, agora já pela noite insuportavelmente silenciosa. Amavam-na sem alcance, numa inércia solitária e frustrante, como antes.
E Ela dançava em suas mentes, movendo sumptuosa mentira, tal golpe de Éden. E Eles se viam atordoados, visualização acorrentada e incompleta num vir.
Respiravam depois devagar, pediam seu doce regresso, um recomeçar, talvez um começo que nunca fora um início. Fazia já tanto tempo...
O medo povoou-os , de que ela não sairia de suas cabeças, eles não mais suportaram, tanta noite Clara.


quinta-feira, 3 de abril de 2014

Puta

Puta! Vestia a pele da vadia que se sentia nos recônditos espaços que sobravam do seu espírito, toldado na medida do impossível pela vontade cega de derramar o que lhe ia na alma e o que lhe consumia amiúde o corpo. Puta! Sentia-se a promíscua concretização do desejo, da vontade inacabável de se satisfazer no corpo alheio, de se encostar e roçar sem dó nem piedade nos membros erectos que se colocavam no caminho da sua boca. Puta! Entrava na personagem que sabia fazer parte do seu íntimo, da sua libido incontrolável, que soltava quando tirava a máscara ao mesmo tempo que despia a lingerie e se entregava aos mundanos prazeres da carne. Puta! Escorraçava a razão e o socialmente perfeito enquanto se desapossava das cuecas já molhadas do sabor do seu desejo, da expectativa de se ver possuída e enlouquecida pelo queimar do toque e do beijo, do lamber e da sofreguidão de uma penetração ritmada e forte, dotada do poder de a consumir sem a estragar. Puta! Queria mais, queria cegamente experimentar e provar todos os prazeres, todos os sabores, todas as sensações. Queria o derramar cristalino da viscosidade das suas entranhas, queria a sempre insaciável degustação, o sempre perene orgasmo, a repetição desmedida dos corpos sucedendo-se em investidas animais e desprovidas de ligação. Puta! Um estado de espírito consubstanciado no corpo latejante numa dor simultaneamente dolorosa e saborosa, numa vontade de sair e percorrer a avenida em busca de alimento, uma fome inesgotável de surripiar do corpo alheio a vida, a essência, a energia, o cabal satisfazer da vagabunda vontade em se vir, e vir e vir novamente.

Desafio - texto 11